Erguida em 1707, esta igreja foi muito danificada pelo terramoto de 1755 que destruiu grande parte do Algarve, incluindo Lagos. Foi reconstruída em 1769 e o seu rico interior barroco, considerado um dos mais impressionantes exemplos de talha dourada em Portugal, contrasta com o exterior simples, com duas torres sineiras. Embora tenha sido reconstruída quase na totalidade após o terramoto, o retábulo de 1718 sobreviveu à catástrofe. Apresenta uma imagem de Santo António, a quem o monumento foi dedicado.
O teto pintado cria a ilusão de uma abóbada e ilustra um escudo nacional de grandes dimensões ao centro. As paredes estão decoradas com painéis de azulejos azuis e brancos, e com pinturas que retratam cenas da vida de Santo António. Esta riqueza do interior deve-se ao facto da igreja ter sido encomendada por militares, que faziam doações generosas sempre que voltavam das suas missões sãos e salvos.
A antiga sacristia, cujo acesso é feito através de um portal renascentista, é um museu desde 1932, exibindo uma coleção de arte sacra que inclui esculturas dos séculos XVII e XVIII, e peças arqueológicas encontradas na região, como moedas e mosaicos romanos. Tem ainda uma coleção de azulejos e conta a história de quem ocupou a cidade e a região ao longo dos séculos, desde os celtas e fenícios aos algarvios do início do século XX.
A igreja é o terceiro monumento mais visitado do Algarve, depois da Fortaleza de Sagres e o Castelo de Silves. Realiza serviços religiosos apenas uma vez por ano, no dia 13 de junho, dia de Santo António.
Rua General Alberto da Silveira, 1
10h-13h, 14h-18h; Encerra às segundas-feiras
3€ (ou 6€ para um bilhete conjunto que inclui o Mercado de Escravos e o Forte da Ponta da Bandeira; 5€ para incluir o Mercado de Escravos, 4€ para incluir o Forte da Ponta da Bandeira; 1,50€ para visitantes com idades entre os 12 e os 18 ou com mais de 65 anos)